Acordo. Sinto o Lobo frontal do cérebro em papa. Vislumbro uma poça de baba na almofada. Ligo a TV no canal público e os meus ouvidos foram assaltados pela melodia da Dina – Amor d´água fresca – com uma alegria provinciana nostálgica. Recuo até 1992 e descubro que era um miúdo feliz e com mais volume capilar, a sinuosidade da figura feminina ainda não me atormentava o espírito – muito por culpa da imagem máscula da Dina e a carência nutritiva que as minhas amigas apresentavam – e vivia intensamente cada minuto como se o mundo definitivamente se extinguisse na viragem do novo milénio. A irracionalidade e o primarismo reservava-o para os meus jogos de futebol no meu bairro o resto era meticulosamente ignorado e friamente calculado.
Hoje.
A minha irracionalidade está, definitivamente, reservada para outras figuras curvilíneas.
O futebol está-se a tornar rapidamente numa ciência industrializada.
Continuamos a ter péssimas músicas, intérpretes e prestações na Eurovisão.
Peço encarecidamente que surja alguém com uma profecia minimamente sustentada que o mundo vai acabar nos próximos…. Minutos.
Quero viver novamente com intensidade.
2 comentários:
Quem te lê, não faz idéia do asno que és, no asno que te tornaste.
Isso infelizmente está visivel quando postas a falar da Dina... Alguma coisa contra?
Antes essa que o "Arranha, me morde" do Marco Paulo...
Apenas pra dizer:
TOSCO!
Tenho dito, fui
Beijo na testa, sim, porque pelo que me apercebi do "era um miúdo feliz e com mais volume capilar", qualquer dia tens uma testa até à nuca...
Oh cum carago.
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