quarta-feira, 30 de julho de 2008
Back to child
Ali estava ele. No canto da sala, com os olhos perdidos no chão e o silêncio a ritmar-lhe a respiração. O sorriso fácil, com que brindava tudo e todos tinha, simplesmente, evaporado. A candura que costumava exibir nas suas brincadeiras, estava ali enterrada, na sombra que lhe cobria os sonhos.
Sonhos esses desfeitos pela troca de carícias e olhares cúmplices, que dolorosamente assistia, entre um colega e a sua menina de olhos verdes.
Por momentos, vi através dele, a criança que fui e ainda sou.
Aproximei-me dele e perguntei-lhe: "É por causa dela?"
Respondeu: - “Sim, é.“
Retorqui: - “Não me digas mais nada.“
Ficamos os dois, por alguns instantes, de braços cruzados, a contemplar o vazio.
Imbuído de serenidade e experiência, resolvi confortá-lo:
- "A verticalidade e a simplicidade não se devem trocar pela exuberância. Não tentes dar nas vistas quando a tua natureza é a oposta. Não desvies o teu carácter nem por um ínfimo milímetro. Orgulha-te de quem és.
Se não consegues conquistar a Lua, tens o Sol para conquistar."
Subitamente, surgiu um esforçado sorriso no seu rosto, e um olhar carregado de esperança. Ainda meio entorpecido, articulou um comovente - “obrigado”.
A vida no seu expoente
terça-feira, 29 de julho de 2008
Ainda respiro
Ps. Car****!!! Não me estou a espetar na cruz, nem a queixar, apenas, e somente, a dar notícias. Obrigado
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Pensamento alto.
Aborrece-me.
Este dom perverso de ser perceptível aos olhos que são sofredores.
Sinto que não sou de parte alguma nem de tempo nenhum.
A espessura da minha simplicidade e ingenuidade permite almofadar, alegremente, os sinuosos caminhos da cegueira.
Só que mais tarde, a tempestade acaba por surgir. O dilúvio de sentimentos escorre e infiltra-se na minha permeável compreensão, até, escoar num novo rio de felicidade.
Ciclo egoísta e de constante desgaste.
Não se admirem, portanto, se um dia encontrarem um espírito árido.
Este dom perverso de ser perceptível aos olhos que são sofredores.
Sinto que não sou de parte alguma nem de tempo nenhum.
A espessura da minha simplicidade e ingenuidade permite almofadar, alegremente, os sinuosos caminhos da cegueira.
Só que mais tarde, a tempestade acaba por surgir. O dilúvio de sentimentos escorre e infiltra-se na minha permeável compreensão, até, escoar num novo rio de felicidade.
Ciclo egoísta e de constante desgaste.
Não se admirem, portanto, se um dia encontrarem um espírito árido.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Prémio "Estar vivo é o contrário de estar morto"
Vai paraaaaaaa.....Paula Bobone!!!
"Um homem nu é diferente de um homem vestido."
Afirmação estonteante, dita hoje, nos microfones da Antena 3.
"Um homem nu é diferente de um homem vestido."
Afirmação estonteante, dita hoje, nos microfones da Antena 3.
terça-feira, 15 de julho de 2008
Comovido
Ainda estou comovido.
Não é para menos.
Desde os 8 anos que um barbeiro não me fazia o risco ao lado no cabelo – naquele que ainda me resta – com sublime precisão geométrica e usando o secador.
Foi de chorar.
Mas hesitei.
Nunca se chora diante um homem com uma lâmina de barbear na mão e que nos pergunta, com o semblante de serial killer:
"Está bom assim?"
Não é para menos.
Desde os 8 anos que um barbeiro não me fazia o risco ao lado no cabelo – naquele que ainda me resta – com sublime precisão geométrica e usando o secador.
Foi de chorar.
Mas hesitei.
Nunca se chora diante um homem com uma lâmina de barbear na mão e que nos pergunta, com o semblante de serial killer:
"Está bom assim?"
sábado, 12 de julho de 2008
quarta-feira, 9 de julho de 2008
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Inquérito Olfactivo.
Digam, de vossa justiça, o perfume masculino que mais vos agrada ou, então, aquele que intuitivamente vos parece que é o mais indicado à minha pessoa.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
A modos que...
... estou farto.
Preciso de um empurrão para enfrentar certos medos.
Um empurrão infligido pelos mesmos braços que um dia me ampararão e aconchegarão nas quedas.
Não é fácil.
Eu sei.
Não sou propriamente "pequenino".
Preciso de um empurrão para enfrentar certos medos.
Um empurrão infligido pelos mesmos braços que um dia me ampararão e aconchegarão nas quedas.
Não é fácil.
Eu sei.
Não sou propriamente "pequenino".
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